O museu da Escola de Arquitetura da Universidade do Minho, em Guimarães, tem patente até dia 15 a exposição fotográfica de arquitetura “Pixel, Brick, Pixel”. Os autores das imagens são Filip Dujardin, Nelson Garrido, Paulo Catrica, Inês D’Orey, Luís Ferreira Alves, André Cepeda, Arménio Teixeira, Carlos Lobo, Fernando Guerra, José Campos, José Carlos Duarte, Nuno Cera, Luca Martinucci e Filipe Alves (18:25 Studio). A entrada é livre.
O título da exposição, “Pixel/Brick/Pixel”, deve-se a uma troca de emails com o fotógrafo belga Filip Dujardin, conhecido por recriar paisagens e arquiteturas imaginárias em fotomontagens digitais com grande rigor, e que tem sido convidado a materializá-las. “Atualmente ando a substituir pixéis por tijolos”, comentou. As obras representadas são de Eduardo Souto de Moura, João Mendes Ribeiro, José Capela, Luísa Penha, Ricardo Areias, Bernardo Rodrigues, Camilo Rebelo e dos gabinetes de arquitetura OTO, SAMI, Barbas Lopes e Menos é Mais.
É neste jogo de espelhos entre pixéis e tijolos – matéria prima de fotógrafos e arquitetos – que se estrutura a iniciativa, enfatizando as ambivalências entre os sentidos de realidade ou da sua representação. A arquitetura emerge na exposição como cenografia, quer na procura da imagem de si própria, quer, por outro lado, a emergir como imagem implexa, num emaranhado de relações, vínculos e referências subjetivas, refere a organização: “As imagens têm de estimular uma interpretação e responsabilizar o observador com o mesmo sentido de apropriação que se espera do utente de qualquer edifício”.